quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Metade das obras dos aeroportos da Copa está atrasada

Problema envolve 13 das 25 obras programadas e afeta oito cidades-sede



Sinal amarelo nos aeroportos: atrasos em oito cidades (crédito: GettyImages)
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Pesquisa realizada pelo Portal 2014 entre as doze cidades-sede do Mundial mostra que a Infraero, estatal que administra a infraestrutura aeroportuária do país, adiou os investimentos em nove dos treze aeroportos internacionais que receberão os turistas durante o evento. Somadas, as intervenções adiadas chegam a R$ 3 bilhões, 68% do que será investido na modernização ou ampliação de terminais de passageiros ou na infraestrutura para pouso e decolagem de aeronaves nas capitais da Copa.

O Ministério do Esporte calcula que 600 mil turistas estrangeiros e 3,1 milhões brasileiros circularão no país durante o Mundial. Devido à distância entre as sedes da competição, os torcedores privilegiarão o transporte aéreo.
A Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) pedem pressa ao governo desde que o Brasil foi escolhido como sede da Copa, em 2007. Para os organizadores, a infraestrutura aeroportuária é o principal calcanhar de aquiles da preparação brasileira, superando mesmo o atraso na construção dos estádios. O medo é que os constantes adiamentos da Infraero tragam de volta justamente durante o Mundial os apagões aéreos de 2006, quando acidentes e greves de funcionários colocaram em evidência os gargalos do setor aéreo.

Nem mesmo as três sedes que disputam a abertura do Mundial escaparam dos adiamentos. Os aeroportos internacionais de Belo Horizonte (Confins), Brasília (Juscelino Kubitschek) e São Paulo (Guarulhos/Cumbica), que concentrarão a maior parte do embarque e desembarque de turistas ao longo da Copa, têm obras atrasadas.

Os aeroportos de Manaus, Curitiba, Cuiabá, Fortaleza, Porto Alegre e Campinas também enfrentam problemas para tocar as obras. Apenas Salvador, Rio de Janeiro (Galeão), Recife e Natal (S. Gonçalo do Amarante) estão em dia com as datas fixadas pela Infraero.

O levantamento se baseou em dois cronogramas divulgados em março e maio deste ano pela Infraero, o último com alterações substanciais nos prazos de obras (veja tabela). A reportagem também ouviu a superintendência dos aeroportos pesquisados. Ao todo, são treze obras que continuam no papel devido a revisões e atrasos no processo de licitação ou mudanças nos projetos.

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